CUIDADO COM AS PROMESSAS
ouvir é melhor do que
os tolos que oferecem sacrifício sem saber que estão agindo mal. Não
seja precipitado de lábios, nem apressado de coração para fazer promessas
diante de Deus. Deus está nos céus, e você está na terra, por isso, fale pouco.
Das muitas ocupações brotam sonhos; do muito falar nasce a prosa
vã do tolo.
Quando
você fizer um voto, cumpra-o sem demora, pois os tolos desagradam a Deus; cumpra
o seu voto. É melhor não fazer voto do que fazer e não cumprir. Não permita que a sua boca o faça pecar. E não diga ao mensageiro
de Deus: "O meu voto foi um engano". Por que irritar a Deus com o que
você diz e deixá-lo destruir o que você realizou? Em meio a tantos sonhos absurdos e conversas
inúteis, tenha temor de Deus.
Vi ainda outro mal
debaixo do sol, que pesa bastante sobre a humanidade: Deus dá riquezas, bens e
honra ao homem, de modo que não lhe falta nada que os seus olhos desejam; mas
Deus não lhe permite desfrutar tais coisas, e outro as desfruta em seu lugar.
Isso não faz sentido; é um mal terrível. Um homem pode ter cem filhos e viver
muitos anos. No entanto, se não desfrutar as coisas boas da vida, digo que uma
criança que nasce morta e nem ao menos recebe um enterro digno tem melhor sorte
que ele. Ela nasce em vão e parte em trevas, e nas trevas o seu nome fica
escondido.
Tudo
o que existe já recebeu nome, e já se sabe o que o homem é; não se pode lutar
contra alguém mais forte. Quanto mais palavras, mais tolices, e
sem nenhum proveito.
Durante os seus dias de vida na terra, Jesus ofereceu
orações e súplicas, em alta voz e com lágrimas, àquele que o podia salvar da
morte, sendo ouvido por causa da sua reverente submissão.
Embora sendo Filho, ele aprendeu a obedecer por meio
daquilo que sofreu; e, uma vez aperfeiçoado, tornou-se a fonte da salvação
eterna para todos os que lhe obedecem, sendo designado por Deus sumo sacerdote,
segundo a ordem de Melquisedeque.
Portanto, deixemos
os ensinos elementares a respeito de Cristo e avancemos para a maturidade, sem
lançar novamente o fundamento do arrependimento de atos que conduzem à morte,
da fé em Deus, da instrução a respeito de batismos, da imposição de mãos, da
ressurreição dos mortos e do juízo eterno. Assim faremos, se Deus o permitir.
Ora, para aqueles
que uma vez foram iluminados, provaram o dom celestial, tornaram-se
participantes do Espírito Santo, experimentaram a bondade da palavra de Deus e
os poderes da era que há de vir, mas caíram, é impossível que sejam
reconduzidos ao arrependimento; pois para si mesmos estão crucificando de novo
o Filho de Deus, sujeitando-o à desonra pública.
A CERTEZA DA PROMESSA DE DEUS
Quando Deus fez a sua promessa a Abraão, por não haver ninguém superior por quem jurar, jurou por si mesmo, dizendo: Esteja certo de que o abençoarei e farei numerosos os seus descendentes. E foi assim que, depois de esperar pacientemente, Abraão alcançou a promessa.
Os
homens juram por alguém superior a si mesmos, e o juramento confirma o que foi
dito, pondo fim a toda discussão.
Querendo
mostrar de forma bem clara a natureza imutável do seu propósito para com os
herdeiros da promessa, Deus o confirmou com juramento, para que,
por meio de duas coisas imutáveis nas quais é impossível que Deus minta,
sejamos firmemente encorajados, nós, que nos refugiamos nele para tomar posse
da esperança a nós proposta.
Temos
essa esperança como âncora da alma, firme e segura, a qual adentra o santuário
interior, por trás do véu, onde Jesus, que nos precedeu, entrou
em nosso lugar, tornando-se sumo sacerdote para sempre, segundo a ordem de
Melquisedeque.
Livros:
Eclesiastes: 5 - 1 até 7, Hebreus: 5 - 7 até 14, e 6 - 1 até 20